Como o olho distingue as cores?
Na retina existem 2 tipos de células fotossensíveis (sensíveis à luz)
bastonetes e cones.
Os bastonetes, fotorreceptores mais sensíveis e representados em maior número (cerca de 120 milhões), são determinantes na capacidade de visão em ambientes de baixa luminosidade e permitem a distinção entre tons claros e escuros. Os cones, células em menor número (cerca de 6 milhões), são especializados na perceção das cores.
Estes últimos podem ser divididos em três tipos:
- Cones S (sensíveis à luz azul – comprimento de onda curto)
- Cones M (sensíveis à luz verde – comprimento de onda médio)
- Cones L (sensíveis à luz vermelha – comprimento de onda longo)
Somente com cones sensíveis a estas cores, como é possível distinguirmos centenas de tons de cores? Tudo se resume aos comprimentos de onda da luz refletidos e absorvidos pelos objetos que vemos.
Tomemos como exemplo o fundo verde do logótipo do Centro Óptico Ibérico. De toda a luz que incide sobre ele, a sua superfície absorve as cores azul e vermelha e reflete apenas a luz verde. É esta luz que chega às nossas retinas, estimulando apenas os cones sensíveis à luz verde, permitindo-nos perceber o fundo do logótipo como verde.
E se o fundo do logótipo fosse, por exemplo, amarelo? Neste caso, para além da cor verde, seria também refletida, em quantidade equivalente, a cor vermelha. Na retina seriam estimulados os cones verdes e vermelhos, dando origem à perceção da cor amarela.
Funciona desta forma para todas as cores, tal como demonstrado na imagem abaixo
Anomalias da visão das cores
A maioria dos seres humanos são tricromatas, pois possuem os três tipos de cones.
No entanto, a ausência ou anomalia de pelo menos um dos três tipos de cones provoca alterações na perceção das cores.
Por exemplo, a ausência dos cones L (sensíveis ao vermelho) torna impercetível a cor vermelha pelo que os objetos são percebidos maioritariamente com tons verdes e/ou azuis.
No caso de anomalia dos cones L, o vermelho ainda é percebido, mas não com a mesma tonalidade.
Em casos muito raros, há apenas um dos tipos de cones presente na retina (monocromata), sendo os objectos percebidos em tons de preto e branco.
Teste de Ishihara
Inventado em 1917 pelo oftalmologista japonês Dr.Shinobu Ishihara, é o teste de despiste de anomalias da visão das cores mais utilizado mundialmente.
O teste consiste na visualização de placas redondas compostas por pequenos círculos de diferentes cores e tamanhos.
Estes pequenos círculos formam algarismos ou linhas onduladas (utilizadas com observadores que desconheçam os algarismos), que serão (ou não) percebidos pelo observador permitindo concluir se este é tricromata ou se apresenta algum tipo de anomalia.
A versão completa do teste é constituída por 38 placas, embora também existam versões mais reduzidas com 24 e 14 placas.
Exemplo de duas placas em que todos os observadores conseguem identificar o conteúdo (placas de demonstração):
Para obter resultados mais fidedignos, o teste de Ishihara não deve ser realizado em dispositivos digitais, pois as cores das placas podem variar consoante o monitor utilizado.
Se pretender realizar o teste, solicite numa das lojas do Centro Óptico Ibérico, agendando a sua consulta gratuita no botão abaixo